sexta-feira, 29 de julho de 2011

"Twilight" / "Crepúsculo" (2008)



Então, finalmente não tinha melhor que fazer e vi isto. O que dizer?...
Vou começar pelo óbvio: obviamente, dada a mania, a loucura, a multiplicação de cópias e imitações, a verdadeira "febre vampiresca" que se apoderou de adolescentes "normais" por causa deste filme/livro, estava à espera de qualquer coisa que me impressionasse, certo?... Era uma expectativa compreensível, não era? Eu acho que sim.
O que verdadeiramente me impressionou, durante os longos -- looongos -- minutos do filme, foi a impressiva seca que apanhei.
Não estou a exagerar. Para uma ávida fã de vampiragem como eu sou, um filme de vampiros completamente desinteressante é uma proeza valente! E eu que gozava com os "Diários do Vampiro" ("The Vampire Diries", série televisiva)! Pelo menos nos "Diários do Vampiro" acontece uma matançazinha de vez em quando. Mas vamos ser realistas: os personagens de "Diários do Vampiro" são adolescentes mas portam-se com a maturidade de pessoas bem mais velhas. Há, inclusive, adolescentes mais responsáveis do que os próprios pais.
Mil perdões. Este post era para falar de "Twilight"... se houvesse alguma coisa para dizer.
Ok, talvez haja algo para dizer. Não percebi como é que um vampiro de 80 anos se apaixona por uma rapariguinha de 17. (Posto desta maneira até parece um bocado pervertido.) Talvez o livro explique e o filme não consiga. Quando um escritor decide inventar que um vampiro se apaixona por um mortal tem que explicar muito bem de onde vem essa atracção. É física, é intelectual, são almas gémeas, é o quê?
Na verdade, pensando bem no assunto, o filme também não explica o que é que ela vê nele. Acha-o giro? Interessante? Ou apaixona-se pela sua vampiridade? Não sei. Não percebi. Talvez para um público adolescente não seja preciso explicar. O "amor" acontece. Não é "amor" mas acontece e julga-se que é "amor".
Também não percebi porque é que a família Cullen tenta ser normal. Se calhar por que o filme é para um público "normal"? Talvez.
Mesmo assim, com a explicação do público normal, tenho dificuldade em entender porque é que agradou tanto aos adolescentes desta/dessa geração. Houve muitos filmes semelhantes no passado (no meu tempo foi o filme "Lost Boys": argumento semelhante, jovem rapaz apaixona-se por jovem vampira ao som dos Doors) e nunca produziram semelhante efeito de contágio. Tenho para mim que este fenómeno precisa de uma explicação mais profunda, mais sociológica, que ultrapassa o simples visionamento do filme.

Fazemos assim. Tenho o livro (obrigada, tu sabes quem és!), prometo pelo menos começar a ler e apresentar uma opinião sobre até que ponto é que este filme é ou não uma boa adaptação. Nem que seja por uma questão de justiça. Todos sabemos que muitas vezes as adaptações não correm bem.

Tenciono ver todos os filmes da saga, não por curiosidade (que não despertou nenhuma) mas por uma questão de cultura vampiresca. Hoje em dia um amante de vampiros precisa de estar a par do folclore pop ou perde-se. Falo por exemplo, do "brilhar à luz do sol". Pormenores. Longe vão os tempos em que o folclore era o "Drácula" e pouco mais.

Como classificar este filme? Sem ler o livro, dou-lhe um 12 em 20 para ser generosa. Será interessante descobrir se a classificação sobe ou desce com a leitura do livro.

1 comentário:

C. disse...

Por acaso os 4 livros estão interessantes... a escrita dela não é das melhores, no entanto, tem ali qualquer coisa na história que nos deixa no minimo colados (se gostarmos do fantástico, claro), quanto ao filme acho que ridicularizou uma saga. Tenho dito.