quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Crise, qual crise?

Então nos últimos dias descobri que neste próximo ano, a manter o meu emprego, apesar da crise (qual crise?) até posso elevar o meu padrão de vida porque os combustíveis e a prestação da casa vão baixar.



Esta gente droga-se. Não há crise nenhuma. Não tenho acções, não tenho casa, não tenho automóvel. Vou ficar perfeitamente na mesma. Perfeitamente na mesma merda. E aqueles sem abrigo a dormir na rua também não vão perceber nada.
Às vezes dá gozo ser pobre. São gargalhadas, são barrigadas de riso, saber que um gajo se atirou para debaixo de um comboio porque perdeu milhões na bolsa. Idiota materialista. Com tantas boas razões para se suicidar foi-se matar por dinheiro.

Uma pessoa não se mata por dinheiro mas porque SIM! Poseur!!!

Devo dizer que desde que a crise dos ricos começou me tenho rido à fartazana, e parece que o ano de 2009 tem tudo para ser uma festa de endorfinas sem recurso a estupefacientes. Basta-me ouvir meia hora do telejornal da 2. Gostei daquela do Monstro do Bolo Rei vir dizer que as ilusões se pagam caras, e com esta se cala, (que ilusões, outro tabu?), e o Histérico nem sequer o ouço porque assim que aparece na televisão carrego no mute (é para isso que ele serve). O Vítor Constâncio, esse, é o melhor palhaço da televisão. Mais ou menos, a piada é esta: se não for despedido, até vai viver melhor do que os outros, mas se for vai amargar. Fantástico! Como se Portugal não fosse já, a par dos Estados Unidos, porque nisso somos uma potência mundial, o país com maior desigualdade! A começar pelo Vítor Constâncio, que devia (a não ser preso) receber o novo ordenado mínimo de 450 euros por incompetência, e o resto do ordenado ser distribuído equitativamente por todos os sem abrigo que aparecessem para o receber à porta do Banco de Portugal.
E como parece que hoje já me estiquei demais e tenho bocas para alimentar, desculpem lá não querer ser presa mas não dava muito jeito. O nome do jogo, dizia outro dia um vampiro qualquer, é "sobrevivência". Depois não se queixem, quando perceberem o verdadeiro significado da palavra que tão levianamente invocam: sobrevivência.

5 comentários:

HornedWolf disse...

Gosto que te lembres do que realmente importa, é isso para que raramente olhamos. É a nossa realidade, só pode ser normal (quem está dentro dos comboios não os vê passar).

Liberdades de expressão, anticlericalismos, fetichismos, distracções a mais.

Anónimo disse...

:) Gostei do post.
"Às vezes dá gozo ser pobre. São gargalhadas, são barrigadas de riso, saber que um gajo se atirou para debaixo de um comboio porque perdeu milhões na bolsa. Idiota materialista. Com tantas boas razões para se suicidar foi-se matar por dinheiro."

ahahaha

Ruela disse...

Atrás dele deveriam ir mais.

Sophia disse...

Suicidou-se? Oh que pena...Foi na vez dele! Ora essa, podia arranjar outra forma de por termo à vida, tipo, ajudando um pobre coitado num pais sub-desenvolvido com uma doença altamente contagiosa! Sempre era uma forma mais digna =) eh eh
Se bem que duvido que alguns "grandes senhores" saibam o que é dignidade!
Adorei o post**

Anónimo disse...

Já há muito que não trocamos mails por isso aqui fica uma prenda, espero que gostes :)

http://illuzia.net/pt/videos/clips/g20