domingo, 5 de outubro de 2008

A longa noite

No. Things hadn't been right for some time. October didn't help any. If anything it made things worse. He adjusted his black bow tie. If this were spring, he nodded slowly, quietly, emotionlessly, at his image in the mirror, then there might be a chance. But tonight all the world was burning down into ruin. There was no green spring, none of the freshness, none of the promise.
(...)
He had never liked October. Ever since he first lay in the autumn leaves before his grandmother's house many years ago and heard the wind and saw the empty trees. It has made him cry, without a reason. And a little of that sadness returned each year to him. It always went away with spring.
But, it was different tonight. There was a feeling of autumn coming to last a million years.
There would be no spring.
He had been crying quietly all evening. It did not show, not a vestige of it, on his face. It was all hidden somewhere and it wouldn't stop.


Ray Bradbury, "The October Game"

O Verão atraiçoou-nos. Todo o ano cheirou a frio e agora só porque o odor é mais intenso não se pense que está perdoado. Todo o ano o vento urrou, chiou, enregelou.
Faltam apenas seis meses para a primavera. Mas haverá esperança?

6 comentários:

Unknown disse...

Onde anda o aquecimento global quando precisamos dele!

Ruela disse...

maldito verão ;)

O BAR DO OSSIAN disse...

Ray é Ray: um nome texto, quase uma epopeia.

Dark kiss.

P. S. Contamos contigo no Bar? Gostaríamos que tomasses conta de uma das crónicas periódicas (semanal, quinzenal ou mensal)... acho que a política e os costumes te assentariam bem...

Klatuu Niktos, Lord of Erewhon

katrina a gotika disse...

E tu achas que eu tenho disponibilidade para fazer uma crónica por semana? E depois quando é que tomo banho?

António Balbino Caldeira disse...

Caríssima Gotikka

Obrigado do fundo do meu profundo coração pela tua solidariedade ao longo desta fase crítica da luta. Haverá mais porque a luta continua.

Vejo o teu post com o Ray Bradbury e conto-te, meio em segredo, que tenho pena que a outra parte tenha desistido tão cedo, pois nem deu tempo de citar o Bradbury no Farenheit 451, nem Kurt Vonnegut com o Harrison Bergeron e outros...

H. Sousa disse...

Pois nos tempos que correm inventam-se umas quantas patranhas científicas para colmatar a «morte de Deus».