terça-feira, 27 de maio de 2008

Da desigualdade


Ruínas de Pompeia, Jardim dos Fugitivos

É por estas e outras que falar sobre Portugal me põe doente mas as putas das Musas não param de me gritar na cabeça que tenho de o fazer. Ainda ninguém pegou nisto como deve ser. Calhou-me a mim a fava. Pois cá vai.

Segundo o Relatório Sobre a Situação Social na União Europeia com dados de 2004, Portugal é o país da Europa onde existe mais desigualdade.
Somos mesmo tão bons, mas tão bons, que até superamos a desigualdade dos grandes Estados Unidos of fucking A, toma lá yankee! O Governo, por outro lado, já veio desmentir, todo contente, porque entretanto, em 2006, já fomos ultrapassados pela Letónia, país que não anda a mamar fundos de Bruxelas há vinte e tal anos (como nós). Ah, já podemos ficar descansados. Continuamos a bater os Estados Unidos e não somos os últimos da Europa! Somos geniais!

Mas em Portugal a desigualdade não é apenas económica. Antes fosse. Em Portugal a desigualdade existe também perante a Lei. Os ricos e poderosos fumam no Casino e no avião fretado, os pobres fumam na rua como os cães. (Eu já vos tinha dito, quando comecei a roer o osso, que Leis Secas nunca são para todos.) Isto, meus amigos, é apenas a face visível, ridícula, desprezível do enorme cancro que se chama Justiça. Não é a desigualdade económica que gera injustiça. Aqui é ao contrário. É a falta de Justiça que gera todas as desigualdades. Aprendei isto ou permanecei cegos.

Perguntava hoje um leitor indignado, no jornal gratuito "Global":

«José Sócrates lamentou, pedindo-nos desculpa, ter fumado no avião que o levou à Venezuela, dizendo que "não sabia estar a violar a lei". Não sabia que há uma lei que proíbe fumar em locais fechados, em transportes públicos, incluindo aviões? Mas o mais surpreendente foi a TAP defender a atitude do PM e de outros elementos do seu séquito de viagem, os quais também prevaricaram, fumando, afirmando que "num voo não comercial as regras competem a quem o frete". Para mim, esta defesa é deveras leviana e caricata: então eu posso fretar uma aeronave e nela transportar, por exemplo, armamento e droga?»


Caro amigo, infelizmente não acredito que me esteja a ler mas tenho pena. Pois caro amigo, se é rico e poderoso pode levar armas, pode levar drogas, pode levar miúdos em orgias pedófilas, pode levar tudo o que quiser! No estrangeiro também, e se for suficientemente rico e poderoso pode levar Maddies mortas em bagageiras de carro com cheiro a cadáver e nada lhe acontece, ou transportar presos para Guantanamo em voos ilegais com destino a tortura e execução sumária, só porque é rico e poderoso. A única diferença é que aqui é à descarada. Porque isto só veio a público porque toda a gente se está a cagar para um cigarrito. Houvessem armas, drogas, prostituição, já o chibo se calava muito caladinho antes que lhe fizessem a folha também porque quem tem cu tem medo. Aqui é à fartazana! É o regabofe! Ele é miúdos da Casa Pia, ele é sacos azuis, ele é fundos mamados directamente para os bolsos de indemnizações milionárias, e nada lhes acontece! Nem Roma, em todo o seu esplendor, conheceu tamanha impunidade! É o deboche, é a orgia, é o bacanal! Borbulha o Vesúvio, lança os seus vapores pestilentos e ninguém se mexe! São os últimos dias de Pompeia!
Quando me perguntam o que acho dos motins de Paris, é muito simples: ainda deviam ser mais!
Aqui não há motins porque o ar envenenado já matou tudo. O cheiro do cigarrito até disfarça o fedor a morte. Fume-se então, que o Vesúvio já tudo empesta.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Estou mais rica



Costuma-se dizer a um homem que tem um filho que está mais rico. O mesmo se aplica a uma madrinha de um blog, e já sou madrinha babada -- babadíssima! -- de dois.

Apresento a minha afilhada Psiquê, que tem muito para dizer e só agora começou. Visitem e acarinhem porque merece.

Hoje sou uma alma rica.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Ju-On (2000)



Também conhecido por "The Curse", título americano, que depois de adaptado se tornou o mais bem conhecido "The Grudge", este é o primeiro filme da série realizado por Takashi Shimizu em 2000.
É difícil recordar o que era o mundo no ano 2000 e o que poderá ter dado azo a alguém descobrir esta pólvora, mas, é inegável, este filme mete mesmo medo, até aos veteranos de guerra como esta humilde vossa. Vou tentar explicar porquê.

Não tenho medo de miados de gatos na noite, era só o que faltava, e o princípio do filme até nos faz rir. Quando o espectador fica à vontade, na ilusão do ridículo, visitando aquela agradável casinha japonesa de dois andares, zás!, desatam zombies a sair do roupeiro! E de repente a casinha já não é tão agradável, já não se sabe que imagem horrorosa se vai cruzar com os meninos de uniforme da escola, com o professor de fato e gravata, com a mãe de família, todos pessoas muito normais que tiram os sapatos à porta e se dedicam aos afazeres mais quotidianos sem imaginarem o que os espera.
A mistura de flashbacks mal anunciados leva o próprio espectador a cair numa confusão que, à segunda vista, não parece assim tão inocente. Anestesiado pela falta de lógica, enquanto tenta fazer sentido do que vê, fica paralisado e receptivo a todos os horrores que o realizador lhe mete pelos olhos dentro. O gato também é um zombie? Parece que sim, mas só se percebe depois. E será que se percebe ou que se tenta recriar a história rocambolesca até descobrir os seus meandros mais suculentos?
O enredo oficial é simples: um marido ciumento mata a mulher e o filho quando descobre que ela tem uma paixão pelo professor do miúdo. Os espíritos das vítimas assassinadas voltam, então, para se vingarem em todos os inocentes que apanham pelo caminho. Parece muito simples mas se calhar não é. O marido ciumento não mata só a mulher e o filho como mata também o gato. Numa lógica muito retorcida pode-se imaginar porque mata o fruto do casamento, mas porque raio mata o gato? Se tivesse cão, também matava? Periquito? Iguana? Carochinha? (E já agora, no colégio, porque é que os coelhos também são mortos?) Nada nem ninguém escapa à fúria assassina? Por sua vez, a alma do gato também volta para se vingar? A morte é tão injusta e a revolta tão avassaladora?...
O marido ciumento não se fica por aqui. De seguida mata a mulher grávida do professor que, aparentemente, não faz ideia da tragédia que causou. Ou será que faz? Afinal, em pedaços subtis, é afirmado que dormiu em casa da esposa assassinada quando ainda eram colegas de colégio. E porque diz o assassino: "eu tenho tomado conta do miúdo, agora é a tua vez"? Qual é realmente o grau de inocência de cada um dos personagens? Porque é que o professor tem uma alucinação em que se vê a assassinar o gato, com as mãos sujas de sangue?
Fora estas adivinhações de alcova, que já são fruto da minha dedução, porque é que o filme funciona tão bem? Penso que a resposta está na simplicidade com que pega em clichés e os adapta de forma inesperada. A criança, para quem sabe que está a ver um filme de terror, desde o princípio parece mais viva que morta mas não engana ninguém, excepto o professor que o visita. Mais uma vez, só não vê quem não quer. Uma das primeiras imagens do filme é a casa, ao fundo, em grande plano, tranquila e normal, rodeada de árvores e verdura, mas quando a câmara foca o que está perto o espectador percebe que tinha debaixo do nariz uma teia e respectiva aranha. Os miados de gato também dão à coisa uma familiaridade que podia ser à nossa porta. Passa uma velhinha e olha e não vê nada. Todas as pessoas assassinadas desaparecem sem deixar rasto. Só se percebe depois que o gato que faz tanto barulho, brincadeiras à parte, é o único aviso que de facto chega aos sentidos de todos, mas ninguém ouve. Tal como o menino que está morto e o professor também não vê. E o espectador já viu os clichés trezentas vezes, e mesmo assim não adivinha porque está demasiado bem feito e mexe com os nossos mitos mais profundos, tão antigos e inconscientes como o do gato preto e da bruxa.
Por exemplo, uma das razões porque os seres humanos são tão impressionáveis em relação aos miados dos gatos, principalmente quando lutam, é porque estes parecem choros de bebé ou gemidos de criança. O que é verdadeiramente aflitivo. Ver uma criança em perigo a fazer o som de gato é duplamente aflitivo: primeiro, porque desperta em nós o instinto de protecção da espécie; segundo, porque é tão anti-natural que dá náuseas. Por esta altura já estamos muito mal dispostos.
Depois, o mito do roupeiro. Desde pequenos que sabemos que as portas dos armários do quarto não se deixam entreabertas. Nos guarda-fatos há monstros que por magia saem para fora quando há uma fresta disponível. E ao ver este filme quase pensamos que se a porta do roupeiro não estivesse aberta nada disto acontecia. E sabemos bem que não. Tal como sabemos que não se fica sozinho numa casa estranha onde todos os barulhos são diferentes.
Não só utilizando os clichés, Ju-On soma e segue brincando com eles. Toda a gente sabe que num filme de terror falta sempre a luz quando chega o monstro. Aqui, é uma das próprias personagens que se entretém a acender e a apagar um candeeiro, clic, clic, clic, clic, até que, como se esperava, este não torna a acender. Quem a mandou fazer sinais de luz, certo? Todos sabemos que a luz que se acende numa sala escura não é para apagar.
E, acima de tudo, todos sabemos o que acontece quando se vai procurar barulhos em cantos escuros. Na infância, pelo menos, todos sabemos, mas entretanto esquecemos ou fizemos por esquecer. Ju-On vem relembrar-nos que as portas do roupeiro são para fechar.
No fim do filme, diz-nos a espírita de serviço que a verdade está no sake. Quando os fantasmas passam pela aguardente e esta chega às bocas mais impressionáveis está aberta a porta para saírem zombies dos armários. Este retorno à vida adulta, inesperado e cómico, vale mais uns pontinhos extra. Pelo sim pelo não, é melhor não confiar na aguardente de casas estranhas.


17 em 20.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Visita


Intuition, Pamela Jeager
Se roubar às amigas é roubar... pois roubei.




Hoje apercebi-me, com surpresa, que talvez nunca mais volte aqui. É provável que a minha situação piore muito antes de melhorar. É bem possível que o meu tempo de fazer alguma coisa se tenha esgotado.
Não estou a dizer que nunca mais escreva. Ainda agora a minha alma está aqui pousada a digitar estas linhas. Mas não tenho muito tempo.
Apressei-me a concluir a lista de posts sobre Portugal. É bem interessante de ler, principalmente se começarem pelos mais antigos, ainda este blog estava alojado no Sapo e quando lamentava a minha situação as pessoas pensavam que eu estava deprimida. Quatro ou cinco anos depois, é de facto hilariante. Sim, voltem, leiam as conversas que tive com algumas pessoas em Março de 2004, quando estava tudo a dormir. Não, eu não estava deprimida. Antes estivesse e as trevas pairassem apenas sobre os meus olhos.
Porque faço questão? Porque actualmente me rio com a queda das vendas e o abrir dos olhos dos ingénuos que na altura não acreditavam. E lá continuam eles a papaguear e a não dizer nada. Não sabem nada das trevas.
Feliz ou infelizmente, este não é o meu tempo de as rasgar, como diria o Goldmundo.
A minha batalha não é simples, como a vossa, e tenho de lutar em várias frentes ao mesmo tempo. Estou cansada. Não tenho energia para as batalhas comuns.
Sim, sei que estas palavras são crípticas e susceptíveis de milhentas interpretações (todas erradas -- se este blog prova alguma coisa é como as pessoas falam do que não sabem) que só a mim dizem respeito.

A lista está feita. O legado pronto. Disto pode depender o meu destino.

Já aqui estive tempo a mais. Por hoje.

Lista de posts sobre Portugal

LISTA DE POSTS SOBRE PORTUGAL, A SUA SOCIEDADE, A SUA POLÍTICA, A SUA (IN)JUSTIÇA, A SUA (DES)EDUCAÇÃO, O SEU DECLÍNIO E A SUA QUEDA INEVITÁVEL

Do mais recente para o mais antigo

Sábado, 22 de Fevereiro de 2020 
João Moura maltrata animais

Quinta-feira, 13 de Junho de 2019
"Será que a igualdade de oportunidades existe?"


Quarta-feira, 29 de Maio de 2019
Parabéns PAN


Terça-feira, Junho 19, 2018
São precisas cinco gerações para uma família sair da pobreza em Portugal


Sábado, Março 16, 2013
A zombificação


Domingo, Janeiro 22, 2012
E apagou-se a luz


Domingo, Outubro 04, 2009
Odeio a realidade!


Sexta-feira, Outubro 02, 2009
O momento político


Terça-feira, Setembro 22, 2009
Adeus ò Portas!


Janeiro 29, 2009
O caso


Janeiro 08, 2009
Crise, qual crise?


Dezembro 18, 2008
Prémios Precariedade 2008


Dezembro 10, 2008
Grande Prémio Precariedade 2008


Novembro 13, 2008
O que não se viu na televisão


Novembro 05, 2008
Precisamos de um Obama


Novembro 03, 2008
Profetas


Setembro 20, 2008
Que se foda Portugal!


Setembro 11, 2008
O estado das coisas


Julho 24, 2008
Os velhos pobres


Julho 05, 2008
Um livro: "A Morte de Portugal", por Miguel Real


Julho 01, 2008
Não se aceitam licenciados


Junho 26, 2008
Massa amorfa


Junho 22, 2008
(Des)Emprego


Junho 19, 2008
Estado Máfia


Junho 12, 2008
A geração que matou Abril


Maio 27, 2008
Da desigualdade


Maio 01, 2008
MayDay Dia do Trabalhador


Abril 13, 2008
Vitalino Canas: o provedor do trabalho temporário


Abril 01, 2008
MayDay


Março 20, 2008
Cães grandes e homens pequenos


Março 16, 2008
Desobediência


Março 12, 2008
PORTUGAL: o declínio e a queda


Fevereiro 07, 2008
A saúde ou a morte!


Fevereiro 07, 2008
Uma casa portuguesa


Janeiro 27, 2008
Estado das coisas


Janeiro 24, 2008
Eu Sou Deus


Janeiro 13, 2008
Má vida


Janeiro 10, 2008
Ser profeta é ser mais alto


Janeiro 08, 2008
Os uns e os outros


Janeiro 06, 2008
Direito de escolha


Janeiro 06, 2008
Cortem!


Janeiro 03, 2008
Quem tem medo da morte não merece estar vivo


Dezembro 12, 2007
O cancro


Novembro 06, 2007
A eloquência do silêncio


Agosto 30, 2007
Rendas altas ou leis absurdas?


Agosto 30, 2007
Comentário ao país, por UNG


Março 04, 2008
Ocos e vazios


Outubro 11, 2007
Uma semana sem internet


Setembro 12, 2007
Virtualidades: A justiça portuguesa


Agosto 16, 2007
Benzodiazepinas e outras aberrações


Agosto 04, 2007
DESAFIO: O declínio e a queda IV


Junho 27, 2007
À superfície


Junho 27, 2007
Vozes a acordar


Junho 24, 2007
Vampiros e flores vermelhas


Maio 30, 2007
A minha greve geral


Maio 30, 2007
Porque apoio Paulo Portas


Maio 29, 2007
Hora Absurda


Maio 27, 2007
Dá que pensar


Maio 26, 2007
Natural born leader


Maio 10, 2007
DESAFIO: O declínio e a queda III


Maio 09, 2007
DESAFIO: O declínio e a queda II


Maio 03, 2007
DESAFIO: O declínio e a queda


Abril 21, 2007
Quem tiver dois neurónios que relacione este cartaz ao do post abaixo.


Abril 19, 2007
As ideias não se apagam, discutem-se


Março 23, 2007
O estado da elite intelectual e bem pensante


Março 01, 2007
Na mouche


Março 01, 2007
Liderança


Outubro 17, 2006
Sem palavras


Agosto 16, 2006
De como eu acabei a viver em Portugal


Julho 12, 2006
Da independência dos povos


Julho 07, 2006
Nota sobre o mundial, a selecção e a alienação


Julho 07, 2006
Da cobardia


Junho 02, 2006
(des)Abril em Junho


Maio 30, 2006
A machadada final


Maio 29, 2006
Falta de sorte


Maio 25, 2006
A burrice


Maio 04, 2006
O que fazer


Maio 02, 2006
Procura-se


Abril 29, 2006
"You come at last", she said.


Fevereiro 09, 2006
Olhem o que eu encontrei!


Fevereiro 09, 2006
Os alhos e as cebolas e a invencível armada


Fevereiro 03, 2006
Os miseráveis e os miseráveis


Janeiro 27, 2006
Da miséria e da miséria


Novembro 11, 2005
Notícias


Outubro 28, 2005
Tomem lá estatíticas


Outubro 21, 2005
Outra!


Outubro 18, 2005
Marco histórico


Outubro 16, 2005
O país de pernas para o ar - parte II


Setembro 23, 2005
O casino


Setembro 08, 2005
"Portugal pode desaparecer"


Agosto 14, 2005
Párem de se queixar do PS


Agosto 14, 2005
Lengalenga


Agosto 12, 2005
Da pobreza e da pobreza de espírito


Agosto 03, 2005
We are the champions, my friend


Julho 25, 2005
Diferença de desenvolvimento entre Portugal e Espanha


Julho 22, 2005
O fundo


Julho 22, 2005
O ministro ou another one bites the dust


Junho 24, 2005
Orgulho


Junho 23, 2005
País de merda.


Junho 12, 2005
Então, é assim.


Fevereiro 19, 2005
Dilema


Fevereiro 15, 2005
O dilema


Janeiro 27, 2005
Por falar em cunhas, com as eleições à porta


Janeiro 13, 2005
Outro post imperdível para quem queira conhecer a História


Janeiro 13, 2005
Não sou a única a apontar a PREGUIÇA


Novembro 28, 2004
Coitadinha da mãe do senhor ministro!!!


Outubro 30, 2004
This is not America (?)


Outubro 30, 2004
Pensamento do dia


Outubro 27, 2004
Censura?


Outubro 27, 2004
Ensaio sobre a cegueira


Setembro 26, 2004
Já vi Portugal mais longe disto


setembro 02, 2004
Portugal, colónia de férias da Europa


agosto 31, 2004
(Falta de) Perspectivas


junho 25, 2004
Vais partir...


junho 23, 2004
Grandes pulhas!


abril 01, 2004
Temos revolução?


março 10, 2004
Comentários 10.02.04 +/- 4h00


março 08, 2004
Comentários 08.02.04 +/- 14h00


março 08, 2004
Comentários 08.02.04 +/- 00h00


março 06, 2004
Comentários 06.02.04 +/- 16h00


março 05, 2004
Comentários 05.02.04 +/- 10h30


março 05, 2004
Fazer figura de merda grande


março 05, 2004
Comentários 05.02.04 +/- 4h30


março 02, 2004
Tragédias





Agora está completo. Incluídos também os posts do tempo em que o blog estava no Sapo.

MayDay Dia do Trabalhador





Tod@s à parada MayDay Lisboa 2008!!

MayDay Lisboa 2008

Parada MayDay :: 1º de Maio :: Dia d@ Trabalhador/a



O MayDay é uma parada de precári@s que vem marcando o 1º de Maio em várias cidades por esse mundo fora, desde da estreia em 2001, em Milão. Depois da primeira edição no ano passado, o MayDay Lisboa está de volta!

Uma organização aberta a tod@s permitiu continuar o nosso percurso de visibilidade e mobilização. Acções públicas, debates, festas e muita gente a juntar-se para fazer uma parada mobilizadora, onde a imaginação transforma a rua num espaço em que desfila a alegria da recusa de uma vida aos bocados. Na parada MayDay cabemos tod@s: mais nov@s e mais velh@s, operadores de call-center, "caixas" de supermercado, cientistas a bolsa, intermitentes, desempregad@s, estagiári@s, contratad@s a prazo, estudantes que vivem ou pressentem a precariedade, …



:: Concentração no Largo Camões (metro Baixa / Chiado), a partir das 13 horas, para pic-nic e animação ::

:: Partida às 15 horas em direcção ao Martim Moniz ::

:: Desfile com a Manifestação do Dia d@ Trabalhador/a ::



Esta parada depende de tod@s nós! Passa a palavra do precariado em luta!
É urgente! A 1 de Maio soamos o alarme!


MayDay!! MayDay!!
O precariado contra-ataca!!


http://maydaylisboa.net