quinta-feira, 5 de julho de 2007

O Exorcismo de Emily Rose (2005)



Baseado numa história real, "The Exorcism of Emily Rose" não se centra tanto na eventual possessão demoníaca de uma jovem universitária como no julgamento do padre que ritualizou o exorcismo e que por isso é acusado de homicídio negligente. A maior parte do filme é um drama de tribunal onde se debate a importância das crenças religiosas do clérigo, da própria Emily Rose e respectiva família na série de eventos que levaram à sua morte.
Ao contrário dos jurados, a quem os advogados apresentam só os factos documentados, ao espectador são reveladas manifestações sobrenaturais de arrepiar os cabelos. Embora não nos ponha a cabeça à roda, este é um daquele filmes de terror cada vez mais raros que de facto ainda assusta alguma coisa e é capaz de tirar o sono a muito boa gente, mais exactamente por volta das 3 da manhã.


16 em 20.

Perfume: The Story of a Murderer (2006)



"Perfume, a história de um assassino", é uma excelente adaptação que a meu ver até dispensa a leitura do livro. Tudo exactamente como imaginado, excepto o intangível perfume inacessível a mortais narinas.

15 em 20

The Descent (2005)



O que dizer? Há muito tempo que não via um filme tão estúpido. Geralmente não costumo revelar o enredo mas neste caso não há volta a dar-lhe. Das suas uma, ou o leitor já viu e não se estraga a surpresa, ou, entre a escolha deste filme ou outro, o leitor desta crítica não perderá tempo com este. E eis o enredo como eu o contaria.
Seis amigas querem ir para a maluquice juntas mas, em vez de se ficarem por emborcar margaritas nas docas e fazer figuras tristes a dançar ao engate, não, não senhor, decidem descer às profundezas de uma gruta inexplorada e sem avisarem ninguém. É de gente esperta, digna de um prémio Darwin. O desastre já se adivinhava, mas não chegou uma delas cair e partir um perna (terá sido da bezana da véspera?...) A caverna onde se conseguiram encurralar a si próprias (sim, a si próprias!), é também habitada por uma espécie de hominídeo semelhante ao Gollum (para quem não sabe, o do Senhor dos Anéis: "Preciousss! My precioussss!") mas sem anéis e a complexidade emocional do personagem de Tolkien. (É caso para dizer: vão-se os anéis, ficam os gollums).
Os gollums começam a comer as gajas, literalmente (ao contrário do que se passaria, como eu disse, nas Docas, para onde elas teriam ido se tivessem mais um dedo de testa) até que uma das amigas, a mais atlética, enfim, a Lara Croft da caverna, desata a espatifar gollums com uma picareta de alpinista. Infelizmente (shit happens!), com a adrenalina ao rubro durante uma luta de vida ou gollum, acaba por matar acidentalmente uma das amigas. Mas a gaja não fica bem morta, e ainda consegue ir chibar a outra que quem lhe limpou o sebo não foram os gollums mas a Ramba do subterrâneo.
A puta da semi-morta era uma mentirosa do caraças porque percebeu muito bem que levou com a picareta por acidente, mas pronto, a mania das mulheres de atraiçoar as amigas pelas costas só dá em merda! Separadas e desunidas, no fim do filme só sobram duas vivas: a loira que ouviu a peta da amiga e a gaja das artes marciais. O que faz a loira burra assim que tem oportunidade? Lixa a perna à única gaja que a conseguiria tirar dali. É bem!!!
Fim da história: burra loira sozinha na caverna rodeada de gollums. Darwin Award!
Se o leitor pensa que o filme é tão engraçado como esta crítica, nem por aí se safa. Pior só com Chuck Norris, Van Damme, Stallone e Steven Seagal todos juntos numa banheira de lama. (E daí não sei.)


Isto é um 10 em 20 muito à rasquinha.