segunda-feira, 28 de março de 2005

To love or not to love

À medida que começamos a gostar de alguém ou de um grupo de amigos, o perigo aumenta. As pessoas mudam de sítio, as pessoas até morrem, as pessoas simplesmente mudam. Podem nunca retribuir o nosso amor.
Amar é perigoso.
Então, o que se faz? Fecha-se o coração e vive-se em estado de autosufiência ou aceita-se o perigo de braços abertos?

domingo, 27 de março de 2005

Uma canção

Soft Cell
Martin


Martin
Martin is talking to you

Martin is a boy with problems
Martin has a family history
Martin has too many nightmares
He lives in a fantasy
There's a danger that he'll take too far
His morbid curiosity

He's seen too many creepy films
He's read too many books
Martin sleeps with all the lights on
Martin's seen too many looks
He lives out a strange obsession
Tries hard to resist
But Martin needs his strange obsession
To exist

(Kill, kill, kill)

He's far too pale and far too frail
To be a normal boy
There's something shining in his eyes
The things he'd like to say
Martin had a lot to live down
Growing up in a mining town
Torches burning in the trees
The shivering lust of blood
He's the star of many horror movies
But deep inside he's good

There's an illness flowing through him
That's there all the time
And though he watches and he waits
He knows he's not to blame
The face at the window
The hand under the bed
Martin has hallucinations
Dreams that he's dead
He finds the hunger's at its worst
When he's in bed

(Kill, kill, kill)

He's finding hard to keep control
He knows it won't be long
And his tongue rolls over his dry lips
And the voice lingers on

Está aqui.

Alergia

Tenho andado a pensar em fazer uma vida mais saudável.

Mas sou alérgica ao conceito.

quarta-feira, 23 de março de 2005

terça-feira, 22 de março de 2005

No comments

Alguém (quem esteve atento aos comentários sabe quem é) insistiu em publicar comentários em nome de outras pessoas, demonstrando uma atitude no mínimo infantil e desconhecedora de qualquer respeito pelo (bom) nome alheio.
Avisei uma vez e a criatura reincidiu.
Há coisas intoleráveis. Há coisas dispensáveis.
De modo que decidi retirar os comentários.

E há males que vêm por bem.

Estamos na altura da Páscoa, altura que convida à meditação, ao recolhimento e ao sacrifício... E eu também preciso de sossego. Junta-se portanto a fome à vontade de comer.

Se tiverem algo para me dizer, e até se quiserem que eu publique, façam-no por email. Podem sempre comentar os meus textos no vosso próprio blog, caso o tenham. (Não se esqueçam de fazer um link para eu saber, através do Technocrati, que comentaram as minhas palavras.)
Não sei quanto tempo a situação se vai manter assim. Sei que para mim vai ser benéfico ficar sem o feedback habitual. Sinto falta de uma certa solidão.
Sinto falta de uma nova etapa.

domingo, 20 de março de 2005

Skinheads, não, obrigada!

Como é que eu hei-de pôr isto de forma simples?


Nós não gostamos de vocês.
Desapareçam.

Vistam preto

Quando este blog ainda estava no outro servidor, publiquei a letra desta canção.

Free to Wear Black , Node Out

Vou publicar de novo.
E desta vez, podem ouvi-la e guardá-la! Oh, yes! Sou ou não sou boazinha para vocês? Image hosted by Photobucket.com


Free to Wear Black
Node Out

Ladies and Gentlemen of the class of '02, wear black.
If I could offer you only one tip for the future, wearing black would be it.
The long-term benefits of wearing black have been proven by Goths, death rockers, and other kinds of freaks, whereas the rest of my advice has no basis more reliable than my own meandering experience. I will dispense this advice now.
Enjoy the power and beauty of your corset. Oh, never mind. You will not understand the power and beauty of your corset until someone sees how fat you are without it. But trust me, in 20 years, you'll look back at photos of yourself and recall in a way you can't grasp now what a marvelous piece of clothing a corset is, and how fabulous you really looked. You are now fatter than you imagined.
Don't worry about if you’re Gother than me. Or worry, but know that worrying is as affective as trying to apply your foundation after your eyeliner has set. And you STILL won’t be Gother than me. The real troubles in your life are apt to be things that never crossed your worried mind. The kind that close most of the stores just before you wake up.
Do one thing every day that scares normal people.
Sing This Corrosion to them…
Don't be reckless with other peoples' cloves; don't put up with people who are reckless with yours. Floss after every pack.
Don't waste your time on jealousy. Sometimes you're sub, sometimes you're dom. The whip is long and in the end, you’re only whipping yourself.
Remember compliments about your makeup. Avenge the insults.
If you succeed in doing this, people will be afraid of you... and justibiably so. Keep your old club flyers; throw away your old love letters.
Sleep… during the day.
Don't feel guilty if you think you’ll be less Goth as you get older. The most interesting Goths I know were ravers at 16 when they finally got some sense beat into them, some of the most interesting 40-year-olds I know are Gother than I am.
Get plenty of caffeine.
Be kind to brain cells, you'll miss them when they're gone.
Maybe you'll marry, maybe you’re bisexual.
Maybe you'll have children, maybe you’re smart.
Maybe you'll wear a suit and work for a bank at 25, maybe you'll dance at Slimelight on their 40th anniversary.
Whatever you do, don't congratulate yourself too much or berate yourself either. Your choices are half chance, so are everybody else's.
Enjoy your body. Better yet, enjoy someone else’s.
Use it every way you can, and don't be afraid of what other people think you’re doing. They’re just going to go home and spank their monkeys anyway.
Dance.
Even if you have nowhere to do it but that really crowded spot by the bar.
Read the lyrics even if they’re all in German.
Do not look at the pictures in Newgrave or Gothic Beauty. They will only make you feel ugly.
Get to know the DJ and the door guy.
You never know when this club will be gone but they’ll need a bartender at the new one.
Be nice to the Goths who have cars.
They are your best ride to shows and the people most likely to give you a ride home after.
Understand that clubs come and go. That’s it… clubs come and go…
Work hard to bridge the gaps in geography and lifestyle, for there are budding Goths in places like Kentucky that need guidance.
Go to Convergence once, but leave before it makes you hard.
Go to Projekt Fest once, but leave before it makes you soft.
Don’t be afraid to listen to music that came out after 1990.
Accept certain inalienable truths: drink prices will get higher, boots will get shorter, you too will get old and when you do, you'll fantasize that when you were young, drink prices were reasonable, 14-eyed Docs went to your knees, and people respected older Goths.
Respect older Goths.
Don't expect any band to put you on the guest list, but be grateful when they do.
Maybe you have a job, maybe you'll have a sugar daddy but you'll never know when either one will get sick of you.
Don't mess too much with your hair or by the time you're twenty, it will be hard to get a job.
Be careful who tells you what’s Goth and what’s not.
Advice is a form of nostalgia.
Dispensing it is a way of trying to pass on your own Gothness to another generation without actually having children.
But trust me on wearing black.


Está aqui.

Se não conseguirem ouvir, cliquem com o botão direito do rato e façam "save as" ou "guardar como".

quinta-feira, 17 de março de 2005

Ah, oui, les fleurs du mal.

Estou a ficar paranóica. Tentei comentar umas cinco vezes no post abaixo deste mas o sistema só me deixou fazer um comentário.
É estranho que só me aconteça a mim.
Eu não sou de acreditar no mau olhado mas que há hackers, há.

Eh bien.

segunda-feira, 14 de março de 2005

Isto é aditivo!

Goth-O-Matic Poetry Generator

Apresento a minha versão de "The Feeling Very Sorry for Yourself Darkly Gothic Poem"

(Desta vez, tentando levar isto o mais a sério possível.)
(Silêncio que se vai declamar um poema gótico.)
(Onde é que eu já ouvi isto?)



Darkness Descends
the night falls without a sound, lost are we.
the salvation for which you lust
flares once, then dies,
swept away by the abyss.
all hope must surely perish.

your heart desires no more.
how could you abandon me?
shadows surround us, crying,
we have lost our way.

O adeus ao vodka, ao whisky, ao vinho...

Cheguei à conclusão que já não tenho tempo para apanhar a minha querida bebedeira semanal. Depois de anos de emprego precário e horários incertos, custa-me abdicar desse pequeno prazer.
Já não posso ser uma grande bêbeda. Vou ter de me contentar com os fins-de-semana prolongados.

(Quando é que é a sexta-feira santa, mesmo?)

Ergo o meu copo (de momento vazio) à embriaguez! Embriagai-vos!
Oh, meus amigos imaginários, como vou ter saudades vossas!
Não me abandonem!

Eh bien.




Errata: Onde se lê "a minha querida bebedeira semanal" leia-se "mais do que uma bebedeira semanal" ou "apenas uma bebedeira semanal mas das valentes, *hick*".

"The Vampyre", de John Polidori

"The Vampyre" de John Polidori é uma curta história que conta como um jovem nobre inglês e a sua irmã são vítimas de Lord Ruthven. Lord Ruthven não é apenas um vampiro. Será muito provavelmente o primeiro vampiro da história da literatura do vampiro moderno. Primeiro que Drácula, muito antes de toda a concepção do vampiro como ser sedutor, elegante e capaz de passar despercebido entre os vivos.
"The Vampyre" foi publicado pela primeira vez na "The New Monthly Magazine", em Abril de 1819, e a sua autoria foi atribuída a Lord Byron.
Aliás, a história da história é tão interessante que merece por si própria ser contada. No verão de 1816, Lord Byron, o poeta Shelley e a sua esposa Mary Shelley, e John Polidori, em viagem para a Itália, viram-se forçados pelo mau tempo a passar a noite num lugar não previsto. Para se entreterem, desafiaram-se a inventar histórias de terror para se assustarem uns aos outros. Desta noite saíria o clássico de Mary Shelley, "Frankenstein" e, menos conhecido, "O Vampiro", de John Polidori. Na altura não levado em consideração, este conto foi simplesmente a base da inspiração de Bram Stoker ("Drácula"), Sheridan le Fanu ("Carmilla") e Edgar Allan Poe (por exemplo, "Berenice").
O conto, uma história de falsa amizade e sedução entre o vampiro e o jovem inglês e a irmã deste, é também a primeira pista para compreender a vocação e inclinação sexual do vampiro como o vemos hoje no cinema e na literatura (sendo Anne Rice um dos maiores exemplos). Subtilmente, está tudo lá.
É, portanto, um conto obrigatório para todos os amantes da mitologia vampírica.
Além disso, é curtinho e lê-se depressa.
É pena estar tão pouco divulgado em Portugal. Espero que este seja o primeiro passo para mudar essa lacuna. Leiam, imprimam e passem aos amigos.

A história integral pode ser lida aqui.

Fontes: John Polidori & the Vampyre Byron

sexta-feira, 4 de março de 2005

Mimada

Deus espalha no meu caminho pétalas de rosa.

Era de Aquário

Há muito tempor que me intrigam as modificações que a Era de Aquário vem trazer ao mundo que conhecemos.
Este post não pretende ser uma cópia da informação disponibilizada por especialistas mas apenas a minha leitura do que tenho lido. Direi apenas - para quem não sabe minimamente do que estou a falar, e sem querer entrar em pormenores técnicos porque não é disso que quero tratar - que o mundo é influenciado por um signo que só muda cerca de cada 2000 anos. Ao contrário do andamento do horóscopo normal, o signo que influencia o mundo vai andando "para trás". É por isso que estamos ainda na Era de Peixes e vamos entrar na Era de Aquário. Uma vez que o signo muda de 2000 em 2000 anos, chama-se à sua influência Era. E uma vez que uma Era dura tanto tempo, 100 anos antes da "passagem" começam-se já a sentir as influências da Era seguinte.
Não se chegou ainda a uma conclusão sobre a data exacta da passagem (ver THE COMING OF THE NEW AGE AQUARIUS ou Age Of Aquarius, por exemplo), mas não há grandes dúvidas entre os estudiosos da astrologia que a New Age (Nova Era) está à porta. Muits explicam o movimento hippie dos anos 70 como a primeira influência notória da Era de Aquário, já para não falar de toda a evolução tecnológica do século XX (muito mais rápida do que aconteceu em 6000 anos de História).

A minha leitura da Era de Aquário, ou, como vai ser o futuro? Tendo em conta as características do próprio signo, será científico, vanguardista, excêntrico e solidário. Não sem perdas. A grande perda da Era de Aquário (se perda se pode chamar) será a noção de família como a conhecemos hoje. Isto porque para o Aquário a verdadeira família é a que nasce da amizade, não dos laços de sangue. Esta mudança da noção de família não é nova na história da humanidade. Ao longo dos séculos houve vários tipos de organização familiar. A partir de agora a família sanguínea será cada vez menos importante.
Outra perda, decorrente desta, é a nossa noção de casamento. Costumo dar um exemplo que é explicativo. Na série "Ficheiros Secretos", Mulder e Scully amavam-se mas nunca abdicaram da individualidade do "eu" para constituir o "nós". Não é o fim do romantismo. É uma forma diferente de viver o amor, com independência. A independência que é tão importante para o signo de Aquário. A sociedade terá de se reestruturar para permitir mais espaço ao indivíduo e novas formas de entreajuda que não passem pela família tradicional como a conhecemos há milhares de anos.
Aliás, a série "Ficheiros Secretos" foi a muitos níveis profética. Não acredito que a Fé desapareça. Muitas vezes dá-se a entender esta ideia, em especial, em contraponto com a Fé da Era de Peixes, a era actual, em que a humanidade se organizou em redor da Fé. O que me parece é que a sociedade se vai organizar em torno da ciência mas vai exigir, pela primeira vez na História, que a ciência comprove ou desacredite a Fé. Nunca o Homem exigiu tanto. Nunca o homem se atreveu a olhar para Deus ao miscroscópio. Vai acontecer. Tal como na série "Ficheiros Secretos", em que a céptica Skully não se recusava a analisar a hipótese do sobrenatural, ao contrário (e perante o escárnio) de toda a comunidade científica.
A Fé não desaparece com a Era de Peixes. A Fé torna-se mais uma variável científica.

O sobejamente conhecido sentido de fraternidade do signo Aquário é uma esperança para o futuro. A esperança de que a tecnologia feita pelo homem não venha a destruir o próprio homem e o planeta que ele habita.
Individualidade, independência, espírito científico, fraternidade. A humanidade vai viver no "futuro".

Aviso

Logo por azar, a Radio Ghoul School esteve em baixo durante todo o dia de ontem. Felizmente já está a funcionar outra vez. É a melhor rádio online que encontrei até agora. Não só descobri bandas que não são divulgadas em lado nenhum como finalmente associei nomes a músicas que conheço há muitos anos sem saber de quem eram. Não gosto de tudo mas a maior parte é extremamente agradável. Aconselho vivamente.

Já agora, aqui fica o site também: Ghoul School.

quarta-feira, 2 de março de 2005

Links úteis

Rádio online:

Radio Ghoul School

(Ouve-se com Winamp)


Para não se cansarem a fazer poemas góticos redundantes:
Goth-O-Matic Poetry Generator.
Satisfação garantida!

(Adorava que colocassem a vossa criação nos comentários. Eu já fiz um mas não me apetece fazer outro.)

PS: Afinal, fiz outro, ainda pior e menos original e mais piroso do que o primeiro. Cá está ele.

untitled


It is a night of dark desire, a song of subtlety,
wolves vent their cry. The immortal one
stirs.

Evil shrouds her deathly form,
an everlasting fear.

Her silken hair cascades over
pale shoulders, and her
full red lips part slightly, to taste the
red tears streaming from the
pale flesh beneath
her.

Now a night of darkness,
I thirst.